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Foto: David da Silva - 28.ago.2011 - O verso citado é trecho da canção "Balada número 7 para Mané Garrincha", composição de Alberto Luiz.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Confidência de um palmeirense campeão

Na tarde do domingo, nosso goleiro Alemão ainda comemorava com
salame e azeitonas a vitória do Verdão - Foto: David da Silva - 15.jul.2012
Por Marco Pezão

A ficha só começou a cair quando o Palmeiras eliminou o Atlético Paranaense por 2 a 0, no jogo de volta pelas quartas de final.
Apesar das cinco vitórias obtidas frente ao Coruripe, Novo Horizonte e Paraná, eu estava com o pé atrás.
Quando a tabela apontou o Grêmio, nas semifinais, me fiz pessimista. Quinze dias antes, pelo Brasileiro, o Luxemburgo levou a melhor.
Pra mim, o retorno do Scolari significou por ordem na casa. Afinar um conjunto capaz de motivar a desesperançada torcida. Mas, no decorrer, a bagunça no antro administrativo quase engole o Felipão.
É a turma do amendoim. O motim liderado por Kleber. É o presidente Tirone agredindo conselheiro. Contratações que não deram em nada. No auge da crise da crise, Felipão disse que o clube era de bosta.
Como poderia supor uma vitória em pleno estádio olímpico?
Com os 2 a 0, gols de Mazinho e Barcos, sobreveio alento. Sofrido, sabia. Mas, enfim, o empate de 1 a 1 com os gremistas, na Arena, colocou determinada singeleza na decisão do título nacional. 
A imprensa elegeu o Coritiba como favorito. Mas os gols de Valdivia e Thiago Heleno, em Barueri, transformaram o descrédito em possível triunfo.
Com Barcos, Maikon Leite e Valdivia fora da batalha final, mesmo a vantagem obtida foi menosprezada por mim. Na guerra pela conquista tudo vale. Missão dada é missão cumprida, bradou o palestrante capitão do Bope àquele reduzido e desconhecido elenco.
Sob aguaceiro, na quarta-feira, 11, o zagueiro Thiago Heleno se machucou e o Luam continuou com uma perna só. Corria a segunda etapa e o estádio Couto Pereira balançou quando o Coritiba abriu o placar.
Não aguentei. Mudei de canal. Dolorosos minutos até ouvir o foguetório. Será? Retornei. Marcos Assunção, sempre ele, cobrou falta e Betinho desviou de cabeça pro fundo do gol. Quem? Betinho!
A igualdade de 1 a 1 prevaleceu. Festa dos quase cinco mil seguidores na arquibancada. O pranto sentido dos vencedores escorreu por minha face e lavou a alma de milhares de esmeraldinos distantes.
A invicta campanha palestrina somou em 11 jogos, 8 vitórias e 3 empates. Marcou 23 gols e sofreu 6. Transformar o desunido elenco em parceiros de causa própria foi como tirar leite de pedra, Scolari.
A grandiosidade da SE Palmeiras é tanta, que mesmo ficando 12 anos sem ganhar nada, mantém-se a frente com dez títulos nacionais.
Verde esmeralda. Lapidada pedra, o brilho tá rústico. É a real. Brasileirão. Libertadores. É preciso bem mais! Mas aprendi a lição. Aliada a habilidade, mesmo se não muita, disciplina, sim,  o que ganha jogo é trampo. Muito trampo.
Adentro ao coro e feito os verdes guerreiros, desabafo: pqp... o Palmeiras é campeão da Copa Brasil!

Publicação original do blog Futebolando

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